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Entregas em menos de 15 minutos – o ultrafast delivery e a corrida contra o tempo

Você piscou, chegou. Essa é a vibe do ultrafast delivery, a nova obsessão do varejo moderno. Não estamos mais falando de “chega hoje” ou “em até 2 horas”. Estamos falando de entrega em menos de 15 minutos. Isso mesmo. O tempo de tomar banho e decidir o que pedir já é suficiente para o pedido estar batendo na sua porta.

Mas como chegamos aqui? Quem está por trás dessa mágica logística? E, mais importante: isso é sustentável ou só mais uma moda passageira? Respira fundo (dá tempo, prometo) e vem comigo entender esse fenômeno que está mudando a forma como consumimos – e como empresas estão correndo para não ficarem para trás.

1. O que é ultrafast delivery?

Ultrafast delivery é, literalmente, entrega ultra rápida. Estamos falando de janelas de entrega entre 10 e 15 minutos, geralmente focadas em produtos de conveniência: bebidas, snacks, itens de farmácia, produtos de mercado e afins. É o delivery que se antecipa ao “tô com fome”, ao “acabou o papel higiênico”, ou ao “esqueci o presente de última hora”.

A proposta é simples: criar uma experiência de consumo tão fluida que o tempo entre o desejo e a satisfação se torne praticamente inexistente.

2. De onde veio essa pressa toda?

A pandemia acelerou tudo. O isolamento social turbinou o delivery e redefiniu o que é “rápido”. As pessoas começaram a se acostumar com conforto e velocidade. E aí vieram as startups espertinhas que pensaram: “E se a gente entregar antes mesmo do cliente terminar de digitar o endereço?”

Foi assim que empresas como Getir (Turquia), Gorillas (Alemanha), Gopuff (EUA) e Zé Delivery, Daki e Rappi Turbo (Brasil) começaram a dominar o noticiário e, mais importante, os celulares dos consumidores.

3. Como o ultrafast delivery funciona?

Se você acha que é só contratar uns motoboys a mais e sair acelerando por aí, calma lá. O segredo está nos chamados dark stores – mini centros de distribuição estrategicamente posicionados nos bairros. São lojas fechadas ao público, otimizadas para o picking (separação de produtos) e prontas para despachar tudo em tempo recorde.

Essas operações são:

  • Altamente geolocalizadas: o raio de atendimento é minúsculo, tipo 2 a 3 km.
  • Hiperotimizadas: tecnologia de roteirização, IA para prever demanda e automação no picking.
  • Lean: cada segundo conta, então tudo é pensado para velocidade, desde o layout da loja até o tipo de embalagem.

4. Os principais players do ultrafast delivery

Getir

A turca pioneira do modelo, que já se espalhou por Europa e EUA, sempre com a promessa dos famosos “10 minutos”.

Gorillas

Alemanha com orgulho e velocidade. Virou símbolo da nova economia de entregas na Europa. Chegou com tudo, mas também encarou o lado B da equação (vamos falar disso mais adiante).

Gopuff

Americana raiz. Focada em conveniência e snacks, ganhou terreno com um modelo verticalizado e estratégia agressiva de expansão.

Rappi Turbo / Daki / Zé Delivery

No Brasil, a briga é boa. Daki aposta tudo no modelo 15 minutos e virou queridinha dos bairros nobres. Rappi entrou com o Turbo, e a Ambev com o Zé Delivery se meteu com força no jogo das bebidas.

5. O comportamento do consumidor na era da pressa

O consumidor moderno não quer esperar. Ele quer:

  • Comodidade extrema: sem fila, sem sair de casa.
  • Imediatismo emocional: fome, sede, ansiedade – tudo pede solução rápida.
  • Personalização: recomendações inteligentes com base em hábitos.
  • Confiança: a entrega prometida tem que chegar no tempo.

E acredite, isso muda o jogo. O consumidor começa a ajustar suas decisões com base no tempo de entrega. Se em 15 minutos você resolve o problema, por que esperar 1 hora?

6. Os desafios do modelo ultrafast

Nem tudo são flores. O ultrafast delivery esconde bastidores tensos. Entre os principais desafios estão:

a) Logística milimetricamente sincronizada

Tudo precisa funcionar como um relógio suíço: estoque, picking, rota, entrega. Qualquer atraso afeta a promessa de marca.

b) Margens apertadas

Alta velocidade = alto custo operacional. Lucro? Nem sempre. Muitas operadoras ainda “queimam caixa” para crescer.

c) Fidelização volátil

O consumidor pula de app em app. Promoções e cupons reinam. Lealdade? Só se for muito bem cultivada.

d) Questões trabalhistas

A pressão sobre os entregadores é real. Afinal, 15 minutos não é exatamente “tranquilo”. Há debates éticos em curso sobre a saúde e direitos dos trabalhadores dessa cadeia.

7. Sustentabilidade: esse modelo aguenta?

A pergunta de um milhão: isso tudo se sustenta?

Depende.

Empresas que dominam a cadeia, investem em tecnologia e têm poder financeiro para aguentar o tranco podem fazer isso funcionar. Mas para muitas startups, o modelo ainda é deficitário e dependente de rodadas de investimento.

Além disso, existe uma pressão crescente por sustentabilidade ambiental e social. Entregas em 15 minutos geram mais deslocamentos, mais poluição, mais estresse urbano. O consumidor está começando a perceber isso – e marcas que não equilibrarem propósito com performance podem ser canceladas mais rápido que entregam.

8. O futuro do ultrafast delivery

Para onde vamos?

a) Consolidação do mercado

Só os fortes sobreviverão. Fusões, aquisições e desaparecimentos são inevitáveis. A fase de “vamos conquistar tudo” está dando lugar ao “vamos lucrar com algo”.

b) Automação e robôs

A robótica entra em cena. Robôs entregadores, drones e armazéns automatizados podem reduzir custos e acelerar o processo.

c) Expansão para outros segmentos

Farmácias, pet shops, itens de emergência – o modelo começa a ser replicado fora da cesta básica.

d) Mais inteligência, menos velocidade cega

Algumas empresas estão ajustando a promessa: entregar muito rápido sim, mas com mais precisão e menor custo. Talvez 30 minutos seja o novo “15”.

9. O impacto no marketing digital e SEO

Você achou que eu ia esquecer o SEO? Jamais.

Empresas de ultrafast delivery precisam dominar o jogo de busca local. Isso significa:

  • SEO local: fichas otimizadas no Google Meu Negócio, palavras-chave como “entrega em 15 minutos perto de mim”, “comprar cerveja rápido”, etc.
  • Conteúdo de oportunidade: blog posts, landing pages e campanhas focadas em urgência.
  • Performance de app: ASO (App Store Optimization) é tão importante quanto SEO. Ser encontrado rápido na loja de apps é fundamental.
  • Análise em tempo real: o marketing tem que ser ágil. Testes A/B, campanhas geolocalizadas e personalização são obrigatórios.

10. Conclusão: o tempo é o novo luxo

No fim do dia, o ultrafast delivery é só mais uma prova de que vivemos a era do tempo como moeda. Quem economiza tempo, ganha vantagem competitiva. E quem entrega (literalmente) no tempo certo, conquista corações e carteiras.

Mas a lição final é clara: velocidade não pode atropelar estratégia. Empresas que souberem equilibrar agilidade com sustentabilidade, experiência com responsabilidade, vão liderar esse novo jogo. As outras… bom, talvez nem tenham tempo de reagir.

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